Um grupo feminista radical assumiu ser o autor de uma série de ataques, entre a última semana do ano passado e a primeira deste ano, contra defensores do movimento pró-vida na Alemanha. Entre os crimes, estão atos de vandalismo contra duas igrejas e o incêndio do carro de um jornalista contrário ao aborto.
O primeiro ataque foi registrado no dia 27 de dezembro, contra uma igreja evangélica na cidade de Tübingen, que fica no sul da Alemanha. Na ocasião, o templo foi pintado com spray e um micro-ônibus foi incendiado em frente ao local. Após o fato, um grupo intitulado “Célula Autônoma Feminista” afirmou que cometeu os atos sob a alegação de que a igreja tomou “atitudes anti-feministas”. As autoridades estimaram que o vandalismo causou um prejuízo de 40 mil euros (cerca de R$ 185 mil).
Quatro dias depois dos atos em Tübingen, o grupo afirmou que havia incendiado o carro do jornalista alemão Gunnar Schupelius. O profissional, que é colunista do jornal alemão BZ, escreveu artigos com apoio aos posicionamentos do movimento pró-vida. Esta foi a segunda vez que o carro de Schupelius foi alvo de incêndios criminosos. A primeira ocasião foi em 2014, quando o movimento também assumiu publicamente a autoria do crime.
O terceiro ato de vandalismo aconteceu entre a noite e madrugada dos dias 8 e 9 de janeiro, contra a igreja St. Elisabeth, no distrito de Schoneberg, também em Tübingen, novamente com ataque de tinta. A justificativa, dessa vez, foi que o ato era uma resposta à igreja, por conta do local ter sido a sede do evento pró-vida March for Life (Marcha pela vida, em português).
Até a publicação desta reportagem, nenhuma pessoa foi presa em razão dos ataques.
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