As eleições presidenciais na República Centro-Africana, realizadas em fevereiro desse ano, deveriam marcar o fim dos conflitos entre muçulmanos e cristãos no país. Dois candidatos cristãos disputaram o cargo e o clima foi de tranquilidade. Faustin-Archange Touadéra, atual presidente, prometeu que a paz e a reconciliação seriam suas prioridades. Ele tenta enfraquecer as atuações do grupo extremista Seleka, mas não tem sido tarefa fácil.
Recentemente, houve um ataque aos refugiados na cidade de Kaga-Bandoro por muçulmanos rebeldes que pertenciam ao Seleka. Parece que a ação faz parte de uma retaliação pelo assassinato de um de seus militantes e também pela morte de quatro jovens muçulmanos na região. O acampamento estava perto de uma base da ONU. Dois refugiados cristãos foram mortos durante o ataque. Enquanto os demais fugiam, os rebeldes dispararam suas armas. Pelo menos 30 pessoas morreram e mais de 50 ficaram feridas.
Esse incidente confirma a retomada dos conflitos que já assolaram o país há anos. A paz é relativa para os centro-africanos. Quanto aos cristãos, a “paz que excede todo o entendimento” tem reinado em seus corações, apesar das adversidades. É possível que o recente ataque tenha efeito dominó e que a segurança da igreja fique comprometida, a menos que a missão de paz da ONU consiga intervir de forma decisiva sobre as negociações entre governo e grupos extremistas islâmicos. Em suas orações, interceda pelos cristãos perseguidos.
Portas Abertas